Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Animal

Acordo a te querer
Como quem nunca te teve
O desejo de te ter
Retorna nada de leve.
Não é proposital
Mas, assim tão animal
Que deixa o sangue fervendo
Mais e mais vou te querendo.
O coração pulsa mais rápido
Quando te imagino no quarto
A soltar gemidos de prazer
Quando toco em você.
E penetro a tua intimidade
Com meu arpão da saudade
Para animalescamente
Dominar a tua mente.


domingo, 30 de agosto de 2015

Bebida

Sonho em ter você querida
Como uma intensa dose de bebida
Que toma conta do meu corpo
E me deixa completamente louco.
Interfere até no meu suspiro
Em todo o ar que respiro
No amor em vasta imensidão
Na loucura de uma paixão.
Bebida que me deixa tonto
Amor que me tira o juízo
Hoje em nada apronto
Você é tudo o que preciso.
Nem que seja por um triz
Quero poder ser feliz
Ao teu lado saborear
A bebida do amar.


sábado, 29 de agosto de 2015

No ar

Sinto no ar
A hora que vais chegar
E é por isso que na mente
A pele já fica ardente.
A te imaginar
Inteiramente nua
E eu a te tocar
Até leva-la à lua.
Passar pelo céu azul
Do extremo Norte ao Sul
Do teu corpo de mulher
Demonstrar o quanto o meu te quer.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Na pele

A pele muda de cor
Pinta-se com rubor
Vem a intensidade
Como marca da saudade.
A pele fica vermelha
Cor intensa da paixão
De tudo o que o amor enseja
Vermelho de um pimentão.
Mas a pele perde a cor
Quando se enfrenta o amor
Ao te olhar fico pálido
Até pareço um inválido.
As pernas começam a tremer
Se ao longe vejo você
O corpo até esmaece
Nosso amor é em forma de prece.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Na mente

Desejo-a nua, em pelo
Sem nenhum tipo de apelo
Apenas para guardar na mente
O calor do teu corpo quente.
E ficar extasiado
Com a cor do teu pecado
Mais sublime e mais profundo
Tua intimidade é o meu mundo.
E me entregar com a mesma intensidade
Ter mil motivos para sentir saudade
Banhar-me nas águas do encantamento
Deste teu corpo que é meu monumento.
Lugar de vida, entrelaçamentos
Desejos intensamente cruzados
Razão de todo este envolvimento
É terminar a vida ao teu lado.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Retoques

Quando te desenho na mente
Faço com vários enfoques
Para de corpo presente
Ficar apenas nos retoques.
Nos toques constantes com os dedos
Em arrepios na ponta da língua
Descubro todos os teus segredos
Sem ti, viverei à míngua.
E nos contornos do desenho
Demonstrar todo o empenho
Depositar em ti o meu todo
Em toques fazer tudo de novo


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Raro

Será do acaso um raro
E certeiro disparo
Que um matreiro cupido
Chegou a fazer comigo?
Um mero e simples abraço
Tirou-me, inteiro, do compasso
Botou-me a sambar pelo salão
Como em uma valsa da ilusão.
Que de ilusão não tem nada
É uma joia lapidada
Pelos destinos da vida
Para torná-la, minha querida.
Inteiramente responsável
Por tudo o que é notável
Rara mulher que me apareceu
E me fez completamente teu.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Despedaçado

Às vezes é decepcionante
Chegar ali, adiante
Coração despedaçado
Sem ter você ao lado.
Para comigo morar
E a toda hora nos amar
Como se amanhã não houvesse
E tudo o que a nós interesse.
Seja ficarmos para sempre
Juntos, feito dementes
A busca dentro de si
O que não encontramos aqui.
Por mais que despedaçados
Podemos ser adorados
Um em relação ao outro
Como um casal de loucos.


domingo, 23 de agosto de 2015

Incondicional


Não te cobro qualquer ação
Só quero ter tua paixão
O teu amor incondicional
Para que seja quase total.
Intensamente, sem acordar
Para que eu possa te amar
Como se fosse um cordeiro
Dono de todo o teu corpo inteiro.
Um possuído quase total
De todo impulso sexual
Dono de tudo o que fizer
Para que sejas minha mulher.
Amor intenso e natural
De um desenho incondicional
Que faço quando te desejo
E se confirma quando te vejo.

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sábado, 22 de agosto de 2015

Mente


Meu gosto pelo teu corpo
É impossível de ter um escopo
Porque quanto mais te quero
Mais explico porque venero.
Não só o corpo, mas tua mente
Por tudo o que você sente
Meu corpo se desespera
Pelo tamanho de tanta espera.
Não é só amor, muita paixão
Com imensas pitadas de tesão
Ainda que distantemente
Você não sai da minha mente.
Amo-te até com desespero
Na impede este desejo
Por mais que eu tente negar
Vivo só para te amar.



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Mais de uma vez

Quero tê-la inteira
Até na cumeeira
No quarto ou na sala de jantar.
Amá-la sem eira
Lamber pela beira
Para te excitar.
Perder qualquer rumo
Até sair de todo prumo
Surfar na embriaguez
De tê-la mais de uma vez.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Incrível

Parece incrível
Este amor invisível
Que só se manifesta
Se estamos em festa.
Um ao lado do outro
Cada um mais louco
Pode ser discutível
Mas, é inesquecível.
Tanto pelos momentos
Quanto pelo sentimento
Que de nós toma conta
E em anos apronta.
Um turbilhão de desejos
Manifesto em beijos
Sou todo susceptível
A este amor incrível


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Querência

Desejo aos poucos
Tocar teu rosto
Descer as mãos
Por todos os vãos.
Sentir na pele
O que se insere
Nesta querência:
Nossa demência.
De sempre mais
Nos envolver
Em o que se faz
Deste querer.
Que nos domina
E nos alucina
Querer-te assim
Não tem mais fim.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Instinto

Tento não demonstrar o que sinto
Mas o faço até por instinto
Impossível conter a emoção
Se te olho tinto tesão.
Um desejo, uma vontade incontida
Talvez, paixão mal resolvida
Parece até desejo louco
De ouvir teu gemido rouco.
Nada mais me conforma
Adoro o jeito que gozas
Perco a vergonha e até o juízo
Meu desejo por ti é incontido.
Ultrapassa qualquer explicação
Impossível entender a razão
De tanto desejo e carinho
Vontade de tê-la em meu ninho.


domingo, 16 de agosto de 2015

Insegurança

É complicado dizer que te amo
Quanto te amar parece pecado
Talvez seja o meu maior engano
Querer viver sempre ao teu lado.
Se não puder: o que fazer?
Será que perderei você?
Às vezes pinta uma insegurança
Quanto te tenho apenas na lembrança.
Viver assim é quase um suplício
Mas meu amor jamais será omisso
Nunca esqueço o tanto que te quero
És meu amor e só a ti venero.


Nem sei

O tanto que te amei
Talvez não saiba: nem sei
Como medir tanto sentimento
Mesclado com sofrimento.
De nem sempre estar por perto
Torna nosso encontro incerto
Nada consegue, porém,
Vencer o amor que se tem.



OBS: Post do dia 15/08/2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Frutas

É no gosto do morango
Que sinto o quanto te amo
Ao trincar os dentes e morder
É como se tocasse você.
Com os dentes afiados
De um homem apaixonado
Que adora mordiscar a vida
Para te fazer se sentir querida.
Fruta minha preferida
Que se não fosse morango
Também poderia ser jambo
Para gozarmos a mordida.
Dentes que marcam tenra carne
Da tua boca que arde
Teus lábios vivo a sorver
Impossível te esquecer.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Intensa tez

De tudo o que senti
Na primeira vez que te vi
Nada se compara ao todo
Daquele primeiro gozo.
Entrega total de dois seres
Cheios de intensos quereres
Que mal poderiam imaginar:
Um dia viriam a se amar.
Deixamos que a intensa tez
Fosse transformada ao jambo
Para perdermos a sensatez
E dizermos “eu te amo”.
Depois deste dia, então
Vivemos esta paixão
Que nos corrói, mas acalma
Até a tez da alma.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Brotação

Do teu ventre, virgem mata
Transbordam em cascata
Cachoeiras do teu gozo
Que avidamente sorvo.
Sinto o teu líquido quente
A escorrer dente a dente
Gotas invadem as narinas
É teu cheiro de fêmea feminina.
A se impregnar em cada extremidade
Do meu corpo para deixar saudade
Na língua o teu gosto de mulher
Comigo fica onde eu estiver.
E quando longe estivermos um do outro
Teu cheiro volta em meu sorriso maroto
Para eu lembrar de tudo o que fizemos
E ter as marcas do tanto que nos queremos.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mais

Quero me impedir
De pensar tantas loucuras
Quanto não estás aqui
Esqueço nossas doçuras.
Fico ansioso por mais
De tudo o que você faz
Desejos não são desfeitos
Quando se ama desse jeito.
Parece até obsessão
Este extremo tesão
Que toma conta de mim
E te deixa assim.
Cega, louca de vontade
De se entregar sem maldade
Apenas pelo prazer
Do amor a nos envolver.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Sofisticado

Meu poema não é gurmet
Não quer impressionar você
Nem parecer sofisticado
Ou por demais temperado.
Nada aparece em excesso
Sequer uma ponta de verso
Tudo sempre faz sentido
Quando estás comigo.
Mas se te vais, pago o preço
Da dor que bem sei, não mereço
Um amor, assim, tão sofisticado
Pode ser mal-interpretado.
De tanto que tudo sentimos
A inebriar nossos destinos
Perdemos todos os abrigos
Na incerteza dos perigos.
Amor que nos tira do prumo
E faz a vida perder o rumo
A euforia e a insensatez
Nos fez perder a lucidez.


domingo, 9 de agosto de 2015

Criança

Ao estar aqui
A lembrar de ti
Sou uma criança
Cheia de esperança.
Um dia crescerei
E a ti terei
Sempre ao meu lado
Estarei casado.
Sonho de criança
Cheia de bonança
Serei sempre, então
O teu bebezão.
Contigo estarei
Sempre que quiser
Contigo viverei
Serás minha mulher.


sábado, 8 de agosto de 2015

Tanto

Dizer-te o quanto
Amo-te tanto
É grito da voz
De uma saudade atroz.
Aniquila por dentro
Tanto sofrimento
Tenho muita sorte
De não ir à morte.
Porque tua ausência
Causa dependência
De tanto te amar
E a saudade apertar.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ideal

Posso não ser
Um ser ideal
Posso sem querer
Até te causar mal.
O que não posso
De nenhuma maneira
É esquecer o que é nosso
Por qualquer cegueira.
De uma pressão
Ou da depressão
Pois o que imploro
É sempre ter teu colo.


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cura

De tanto te querer
Não sei mais ser
O que antes era
Hoje sou quimera.
Falta-me saudade
Da minha tenra idade
A força do teu amor
Tudo em mim curou.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Desencontros

As falas começam a se desencontrar,
As vidas tendem a se apartar
O fantasma da insegurança
Transforma-se em desesperança.
O clima é de desespero
Só aparece o destempero
Passamos a não entender
O que pode acontecer.
Não mais nos víramos para o mesmo lugar
Nossos olhos nem conseguem se encontrar
Para aonde foi todo aquele carinho?
Que era toda a proteção do nosso ninho.
Parece não encontrar mais
Aquela sensação de paz
Há algo que nos deixa mudos
Nossos desencontros tornam-se absurdos.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Rabiscos

Desenho das paredes
Da minha veia aorta
Gotas de muitas sedes
De tudo que de ti importa.
Nos contornos do grafite
Surgem o limite
Dos teus contornos de mulher
A me dizer que me quer.
Fico na ansiedade
Em descobrir se é verdade
Será sonho ou fantasia
Meus rabiscos daquele dia.
Que toque o teu seio
E desci a mão atrevida
Nada pode ser feio
Quando tem gosto de vida.