sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Corina, a máquina dançarina (quarta parte)

- Calma amiguinho....

- Não me chame de amiguinho. Você é um ferro velho malvado.
- Não sou ferro velho não. E se você tivesse ouvido sua mãe, não teria se queimado.
- Você é um malvado. Não quero mais conversa com você.
- Tenha calma menino. Ouça-me!
- Tá bom, mas não me chame de amiguinho que meu dedo ainda está doendo.
- Ora, quando alguém vai pegar em mim, não posso correr. Só queimo uma pessoa por acidente.
- Como acidente?! Eu quis apenas me apresentar, pegar na sua mão, como todo mundo faz quando não conhece o outro.
- Mas eu não tenho mão. Minha mão é meu cabo. Se alguém pegar na minha pranchinha de surf, vai se queimar.
- Pranchinha de surf?!
- É. Eu chamo meu fundo de pranchinha de surf. Com ela, deslizo pelas ondas das roupas e ajuda sua mãe a esticá-las. Sem mim todos vocês andariam com as roupas amassadas.
- Eu andaria amassado mas não teria meu dedinho queimado.
- Deixe de ressentimentos. Você só se queimou porque desobedeceu a sua mãe. Eu não sou brinquedo de crianças.
- Não é?! E como você canta tão bonito. Você pensa que eu não ouço!?
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