domingo, 17 de outubro de 2010

Noite de terror (Final)

Como o prefeito, embora da Arena e eu do MDB, sempre fora meu amigo, acompanhei, de longe, sua trajetória. Ele saiu correndo, desceu o barranco, pulou uma cerca de arame e a boca da calça ficou presa. Corri para auxiliá-lo. Cheguei perto e vi o homem todo mijado, sem olhar para trás, aos gritos:
- Socorro, pelo amor de Deus. Me soltem. Sou o prefeito da cidade.
Ao chegar perto, tratei de acalmá-lo:
- Excelência. Ninguém o segura. Foi só o arame que prendeu a sua calça.
Ele ficou todo sem jeito, tentando esconder as partes da calça que estavam mijadas. Não disse uma só palavra, ainda dominado pelo medo.

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