sábado, 27 de novembro de 2010

Duas Margaretes

(Para Roraima)

Aos dois anos e meio
Margarete veio
Me apontou os seios
Quanta ousadia!

Explorou meu corpo
Na ponta dos dedos
Cada toque dela
Guarda meus segredos.

Prima, bela, dona
Eu ainda bebê
Era apenas seu brinquedo
Chorando de anseio e medo.

Medo e prazer
Se misturavam
Quando ela a mão descia
Hoje sei o que fazias
Afogado em desejos
Inocência perdida.

Rio Branco, Lua cheia
Lembranças as águas margeiam
Tu da tua Marguarete
Eu também já tive a minha.

Virgem ainda estou dela
Nem um beijo, nem carícias
Duas Margaretes se encontram
Mortas na mente
Vivas na vida.

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