terça-feira, 19 de abril de 2011

Obnubilado

Só existo
Se você me olhar.
Só sou gente
Se por ti for amado.
Se me jogas nas ruas
Nessa vida crua
Feita de agruras
Perco a inocência
Faço da indecência
Regra de conduta.
Por trás do vidro fumê
Finges que não me vê
Ignoraras o amor
Que a ti dediquei no início.
Hoje estou no vício
Caído pelas sarjetas
Como lixo no mundo
Esqueces que por um segundo
Um dia fui teu amor.
Vi dentro do teu carro importado
Um vulto de mão estendida
Um toque no botão automático
Cerra a possibilidade
De uma troca de olhares
De minutos de saudades.
Hoje pra ti sou pedinte
A mendigar um sorriso.
Vai, sê feliz com o outro
Que te deu luxo e riqueza.
Que eu fico com as lembranças
De mais um ato de frieza.

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