terça-feira, 16 de agosto de 2011

Faminto


Não sonho em ser teu homem
Quero-te bicho-com-fome.
A arder, queimar de desejo.
Vejo-te sentada em minha frente
A sugar minha mente.
Com teu desejo-de-flor.
Famelicamente exploro
O doce sabor do teu colo.
Teu cheiro de bicho no cio
Provoca sempre um vazio
Tira-me a saciedade.
Em cada canto da cidade
Busco meu alimento.
Tudo parecem migalhas
Sobras do teu pensamento.

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