terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Hostilidade


Não comungo da tua hóstia
Tampouco da tua hostilidade.
A ti entreguei meu corpo inteiro
Sem lençóis nem travesseiros
Sequer uma gota de maldade.
Fui infantil, terna, quase menina
Pura, puta, mensalina.
Pra sentir teus urros de animal.
A ti dei prazer por inteiro
No quarto, na sala, no banheiro.
Me fiz a mais prostituta das piranhas
Queria dominar tuas entranhas
Só ganhei silêncio e desprezo.
Sou pra ti uma nulidade
Não deixei nem dor nem saudade.
Dói, machuca tua indiferença
Suportar essa distância
muro de Berlim entre nós.



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