sábado, 4 de agosto de 2012

Adoração


Há seres tão abjetos
Que são piores que objetos
Não respeitam os sem-tetos
Adoram a burguesia.
Usam todos os dias
Relógio, pulseira e anel
Brilham como joia rara
Mas não passam de Romannel.
Comem ovo com farinha
No almoço e no jantar
Fingem viver na opulência
À base de caviar.
Usam sandálias de dedo
Que antes era coisa de pobre
Para apresentá-las agora
Como acessório de nobre.

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