Adoro esse teu jeito descolado
De jogar tudo para o alto
E encarar a vida
Como se fosse mera brincadeira.
Ou um passeio pelo campo
A sentir o cheiro das flores
E a gozar o prazer dos amores.
Gosto desse “teu não querer prender”
Nem de não querer ser presa
Somos apenas parte dessa natureza
Primos ou irmãos dos animais.
Quero te querer sem querer mais
Cheirar tua pele, teu ventre teu nariz
Tremer de medo e prazer como um aprendiz
Ao despir cada milímetro do teu corpo.
Ousado, voraz, destemido
Mastigo teu corpo, atrevido
Para assim demonstrar
Nosso espírito evoluído.
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