Tá na cara!
Em cada olhar!
Em cada gesto
Meio funesto
A sensação
De medo e horror
Na hora da aproximação.
O zunido das turbinas
Os motores a descansar
Das horas ininterruptas de trabalho
Quando estivemos a voar.
O trem de pouso toca o solo
O bico inclina-se e também
Desliza pela pista suavemente
Sorrisos se abrem contentes
Com o anúncio da chegada.
As portas são abertas
Uma centena se liberta
Daquele tubo de aço.
O sonho de tê-la nos braços
Venceu as horas de voo
Olho no saguão do Aeroporto:
Só vazio e solidão.
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