sábado, 27 de outubro de 2012


O rosto não consegue disfarçar
A tristeza que brota do olhar
A te buscar em cada canto do infinito.
Pinto na tela mental “O Grito”
Como se Edvard Munch tomasse meu corpo
E assumisse a identidade dos loucos.
Mostro o torpor em cores
Tento esconder os amores
Só consigo libertar as dores.
Qualquer espaço é um quarto escuro
Seja virtual, transformo em muro
Intransponível na vida real.
Encolho-me em qualquer canto
Não deixo ninguém ouvir meu pranto
Nem ver as lágrimas que dos olhos correm.
No rosto, nos olhos, em todo o corpo
Cristais líquidos deixam suas marcas
E eu ali, de forma opaca
A perder tudo o que a vida me dá.

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