segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

De fato


Amo-te de fato
Mas não é direito
Mantê-la no peito.
Como se fosse um cravo
Uma espinha encravada
Não apenas do lado de fora
Mas como uma marca por dentro.
Meu eu poético te deseja
Meu eu, de fato, te rejeita
Minha boca virtual te beija
A real morde tuas orelhas.
O que fazer se te quero?
Como a um anjo te venero
Ajoelho-me em tua frente
E te mordisco com os dentes.
Isso é ato de heresia
Da mais pura poesia
Transformar a santa de antes
Na mais quente das amantes.

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