Vejo no fundo dos teus olhos
Que já não sou mais tua Iris
Dói na alma os ires e devires
De um amor que já se foi.
Fui teu homem durante eras
Hoje, é duro, ouvir que já era
Aquele fogo que outrora ardera
Era fátuo, virou quimera.
O que me fere fundo não é perdê-la
Nem a sensação de jamais tê-la
Mais machuca do que não te ter
É imaginá-la nos braços de outro ser.
Fico sem-teto, perco até o próprio afeto
Sem amor próprio viro objeto
E como um ser mais do que abjeto
Pulo de cama em cama em busca de sexo.
Por mais que goze ao fim de cada ato
Ou que solte urros feito bicho afoito
É impossível esconder o fato
Que tudo não passa de um mero coito.
Um coito aqui, um coito acolá
Corpo e alma seguem, assim, aflitos
Amarei, um dia, alguém sem comparar
Com os teus gozos e delirantes gritos?
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