domingo, 17 de março de 2013

Pingos


Os pingos da chuva desbotam
Todas as minhas convicções
Escorrem por entre os dedos
A liberar intensas emoções.
Ao te ver meu coração
Dispara dentro do peito
Deixa em mim a sensação
De amor sublime e perfeito.
A chuva já não é em pingos
Gotas de amor jorram
Sufocamos os gemidos
Quando nossos corpos gozam.
Sobem fortes odores
Damos adeus aos temores
E nos entregamos um ao outro
Sem limites neste encontro.
Com gosto e cheiro de saudade
Gozamos à saciedade
Sem se importar com gritos e urros
Gemidos, afagos ou sussurros.
Só na dança da água
Pingos desnudam-se em chuva
Deslizam se eu te afago
Entre os botões e a blusa.
Cada gota que escorre
Ao longo da camisola
É uma cachoeira enorme
Nesta mão que te explora.
Dedo após dedo te penetram
Arrancam gritos e gemidos
Você em mim desperta
Instintos dos mais atrevidos.
Gotas espalham-se pelos corpos
Exaustos no meio da cama
O som da água é sinfonia
Na vida de quem te ama.

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