Estabelecemos certas rotinas
Tão loucas quanto divinas
Feitas de imagens recorrentes
A se apossarem das nossas mentes.
Quadro a quadro relembramos
Nem trabalhar mais conseguimos
A forma como nos entregamos
Fica o tempo todo nos perseguindo.
Sentimos prazer até em olhar
O jeito do outro se entregar
Da mente as imagens passam pela retina
Como se fossem uma obra divina.
Não consigo controlar direito
Nem o ritmo da respiração
É tanto delírio, fogo e desejo
Capaz de explodirem o coração.
São flashes da nossa louca entrega
Que se transformaram em regra
Divinos momentos de insensatez
Queremos sempre fazê-los outra vez.
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