domingo, 7 de julho de 2013

Dor doída

É preciso amar
De forma infinita
Para suportar
Uma dor tão doída.
Que me corrói o corpo
Arrebenta a vida
Abre de mansinho
Enorme ferida.
Já não tenho forças
Pra sair do leito
E poder enfrentar
A tísica dor no peito.
Sofro grudado na cama
Ou no fundo da rede
A garganta seca:
É de ti a sede.
Mordo a saliva
Rasgo a gengiva
A dor é tão grande
E mais se expande.
Minhas forças minam
Só, aqui, amofino
Sofro absorto
Pra não terminar morto.


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