terça-feira, 9 de julho de 2013

Luxúria

Quero-te com tamanha fúria
Com uma infindável luxúria
Como se fosse a primeira e a última vez.
Olhar-te nos olhos, mirar tua tez
Fazer contigo o que nunca fiz
Um afoito menino, um aprendiz.
Urrar de prazer ao beber cada gota
Do sedoso néctar que aos poucos brota
E inunda, esparrama-se por toda a tua flor.
Mordo tua pétalas, mastigo com furor
Teus gritos, tua cara parecem de dor
Sorvo de ti o que vem na saliva.
Viro teu devoto, você minha diva
Deusa do Olimpo, dona, feitora
A ti entrego meu corpo e minha alma pecadora.
Aos pés do altar, santa devoradora
Ajoelho-me e me dou como oferenda
Nosso amor é real ou não passa de lenda?
Hoje és minha vida, meu tudo, antes eras nada.
Faço contigo o que jamais fiz
Quero como louca o que você diz
Meu corpo é teu, cada orifício: tua morada.


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