terça-feira, 20 de agosto de 2013

Condenação

Ninguém deve prejulgar
Alguém por amar e ser amado
O amor não pode se enquadrar
Na convenção solteiro ou casado.
Desejo não é algo vil
Nem tem estado civil
Não se confunde com cama
Nem macula quem ama.
Respeito e companheirismo
Diferem de amor e desejo
Um é puro coleguismo
O outro se manifesta no beijo.
Quando amor e sexo se encontram
No corpo da mesma pessoa
Razão e emoção se espantam
No gozo, a alma do corpo voa.
Sobre nós vem a convenção
Do "até que a morte os separe"
Mas quando bate o tesão
A convenção pouco vale.
Há quem passe a vida inteira
Na base do carinho e da amizade
Pois a sociedade acende a fogueira
E vos condena para a eternidade.
Quem se libertar da convenção
E admitir que ama e tem tesão
Padecerá no fogo do inferno
Por todos, condenado ad eternum.


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