quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Desavisado

Ninguém abriu meus olhos
Nem me fechou os poros
Para as travessuras
Que a vida nos aplica.
E mais bonita fica
Quando tudo era calmaria
E você jamais aposta
Que algo mudaria.
Salta lá das historinhas
Das novelas de época
Um bichinho atrevido
Que chamam de cupido.
Sem que você consiga
Esboçar reação
Enterra lá no fundo
No sangue do seu mundo
A flexa da paixão.
Já perto dos cinquenta
Você desorienta
Ela não te sai da mente
Você vira adolescente.
Mas tenta resistir
Ao que jamais sentiu
Pode até arrancar a flexa
Mas, quando viu, já se feriu!


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