quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Desencontro das águas

Somos Solimões e Rio Negro
Quando vais, eu chego
Se chego já fostes embora.
Nossos temperamentos
São como água e vento
Qualquer desentendimento:
Lá se vem um temporal.
E se o vento sopra mais forte
A água faz corredeira
Arrasa por onde passa
Destrói convicções inteiras.
Águas não precisam se juntar
Bastam apenas se tocar
Para o furacão ficar calmaria.
Por isso não somos perfeitos
Mas cada um do seu jeito
Emerge do temporal
Mais fértil do que o antes normal.


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