quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Espelho-me

Espelho em ti para sorrir
De ti quero roubar a beleza
Para todas as leis infringir
E tê-la, minha, inteira.
Ver a água descer entre as pedras
E se espalhar pelas colinas
Montes, rios e cascatas
Que de ti pululam como minas.
Fingir que não gosto pra você insistir
Em me querer dar, quando não quero
Todo esse carinho e amor sincero
Que eu finjo não querer, mas tanto venero.
E se finjo não querer é por não poder
Da vida tirar todo o proveito
É como se de amor tivesse de morrer
Sem nunca tê-la no meu leito.
Por isso olho no espelho e vejo
Tudo o que sonho parece real
As sombras, os contornos, os adornos
Do teu corpo projetam-se na minha tela mental.


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