quarta-feira, 18 de abril de 2018

Perfume


Há que se lembrar
Do que teima em fugir
Quando o verbo amar
Também significa partir.
Se parto não se parte
O sentimento que nos une
Por conta do poema-arte
Agora sinto o perfume.
Que usas por toda a pele
O creme se espalha no corpo
O cheiro de mulher me impele
A salivar feito um louco.
E o teu perfume natural
Transforma-me em animal
Sinto na pele e no corpo
Sabores do teu gosto.
E é dele que sou escravo
Apego-me a ti e não largo
Perfumes e emoções:
Mergulho em sensações.
Pressinto a tua boca
Com aquela fome louca
A me comer os sentidos
Ao ritmo dos nossos grunhidos.
Até que um urro maior
Os gritos são de dar dó
Silêncio quase total:
Que gozo fenomenal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário