quarta-feira, 11 de abril de 2018

Trago


Pouco sei sobre as fazes da vida
Nada sei sobre o daqui a pouco
O que sei já me deixa louco
Sei: sinto-me pessoa esquecida.
Aquele sorvete que tomávamos
E até nos lambuzávamos
Tem, na boca, um gosto amargo
Nada sinto quando trago.
Esquecida é a sensação
De tocar a tua mão
Como já não sinto dedos
A tocar os meus pelos.
Até as marcas profundas
Destas feridas imundas
Nem perderam as cascas
Quando a mim descartas.


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