domingo, 17 de março de 2019

À míngua


Deixa que eu te provoque
Apenas com um toque
Da ponta da minha língua
Antes que eu morra à míngua.
E que os nossos suspiros
Transformem-se em gemidos
E percamos os sentidos
Ao compasso dos respiros.
Quero, também, tua língua
O meu corpo a percorrer
E que nunca se extinga
A voracidade do querer.
E se a tua voz não ouço
Ainda lembro do gozo
De tudo o que o prazer
A mim faz lembrar você.


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