terça-feira, 9 de julho de 2024

Na estrada

Mãos trêmulas seguram
Um espelho embalado
Molambos e plástico preto
Para esconder o reflexo.
Agarrado ao objeto
Ele chega a tocar o teto
No embalo das freadas
Vidas estão enjauladas.
Ônibus entupido de gente 
Dançam para trás e para a frente 
Vidas unidas em uma viagem 
Beiras de estrada e margens
Registradas na memória 
De quem tem sua história.
O motora pisa fundo
Reduz a velocidade
Abraçado ao próprio espelho
O velho esconde o medo.
Nos olhos a emoção
A voz parece arrastada
Aquele espelho na mão 
Reflete as nossas estradas!
O ônibus era só o bagaço
Faltava respeito e espaço 
Mal vencia as ladeiras 
Sempre na marcha primeira.

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