domingo, 10 de outubro de 2010

O telefone (Primeira parte)

Sena Madureira não era mais uma cidade perdida no fim do mundo. Com a ajuda de uma telefonista, era possível falar com o mundo inteiro. As primeiras linhas telefônicas estavam sendo inauguradas. Ainda era uma fase de testes. Seu Madeira, por ser o homem mais rico da cidade, comprou logo o seu. mandou que fosse instalado na loja, bem na frente do balcão. Assim, enquanto atendia as pessoas, poderia exibir a novidade.
Trinlim... trinlim...
- Alô, quem tá falanu aí?
- Aqui é da TELEACRE. Estamos fazendo um teste com o seu telefone.
- Vocês num tão venu qui eu tô cum’a loja cheia. Mas tá bom. Podim vim pegá e levá pra testá.
Ele bate o telefone e volta a atender o balcão. Não passa dois minutos:
Trinlim... trinlim
- Alô, quem tá falanu aí?
- É da TELEACRE, seu Madeira.
- Pensei que já tivesse vinu buscar o telefone pra testá?

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