segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O telefone (Segunda parte)

- Não precisamos do telefone. Basta o senhor responder a algumas perguntas.
- Pois tá bom homi de Deus. Fale logo? Mas isperi um pouqinhu. Vou avisá os clienti.
Só para se mostrar, seu Madeira chegou próximo ao balcão e disse:
- Aguardi só um piquititu de tempu. Tô atendenu o telefone, já vorto.
De volta ao telefone, grita:
- Vamu logo cum essa istóra.
- Como está chegando a minha voz?
- Bem. Um pôcu grossa. Se ocê é, num discunfiei de nada.
- Quero saber se o senhor está escutando direito?
- Da úrtima veis que fui ao médicu num deu nada. Tô cum dois urvidu bão.
- Não quero saber do médico, quero saber do telefone.

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