sábado, 23 de outubro de 2010

Vô voador (Terceira parte)

- Um dia desses, quando nós morava ainda em Santa Rosa, o pai e o vô vieram pra Sena fazer compras. Quando entraram na canoa, no porto da tia Cloé, o pai lembrou que tinha esquecido o sal. Nessas alturas, a canoa já estava deslizando rio acima. O pai tentou chamar a atenção do vô e disse:
- Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Nessas alturas, a canoa já estava pra lá da balsa.
- Uquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
foooooooooooooooooooooooooooooiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Vieiriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnha?
- Isquiiiiiiiiiiiciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii u saaaaaaaaaaaaaaaal.
Tinham acabado de encostar a canoa em Santa Rosa.
Cácácácácácácá. Ah, ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah,ah.........
Todo mundo dobrava o bucho de rir. A história do Fidelis me fez lembrar de um tempo que o vô João, acometido de uma doença rara, que nenhum médico conseguia diagnosticar, resolveu pilotar uma lambreta velha, que ficava na varanda da casa da tio Clóe, bem de frente para o rio.
Naquela época, o juízo do vô não tava batendo bem. Ele nunca podia ficar sem ninguém por perto pois se danava a falar e a fazer besteira. Subia na lambreta e:
- Vruummm, vrummm, vrummm - fazia um barulho com a boca como se tivesse botando a bicha pra funcionar.
- Vrummmmmmmmmmmmmmmmmmm..... vrummmmmmmmmmm

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