sábado, 6 de novembro de 2010

A astúcia do caboco (Final)

Todos os dias, Mariazinha atravessava a estrada, em frente à sede recreativa do Grêmio Esportivo Acreano, puxando uma vaca pela corda. Um pouco mais abaixo, ficava a Estação Rodoviária da cidade. Por isso, havia sempre um viajante por perto. Havia também uma pensão bem próximo do local.
Uma dessas pessoas que ainda não conhecia os hábito do lugar, passou a observar a caminhada de Mariazinha. Quando dava seis e meia da manhã, lá ia Mariazinha puxando sua vaquinha. No terceiro dia, o homem que a observava não se conteve. Aproximou-se de Mariazinha e comentou:
- Há três dias observo você. Sempre no mesmo horário, você atravessa a estrada puxando essa vaquinha.
- É sim sinhô.
- Minha filha, o que é que você vai fazer com essa vaca todos os dias?
- Vou levá cumida pru touro.
- Seu pai não podia fazer isso - disse o homem com ar de reprovação.
- Pudia não sinhô. Só quem póde fazer isso mermo é o touro.

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