quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cortinas


Os tropeços que passo na vida
São passos de uma nova caminhada
Pontos de fumaça ao longe
Que não me deixam ver as queimadas.
Em redondilhas maiores ou menores
Ganho o mundo, pego a estrada
Nas certezas encubro o medo do desconhecido
Como se de tudo ou nada fosse feito o meu destino.
Desvendo mistérios ao longo da viagem
Sinais de fogo marcam pontos na passagem
Como se o mito do índio, bom-selvagem
Em ritos transformasse tudo em miragem
A poeira dos caminhões com toras de madeira
Embaça a visão, esconde identidades
Dos responsáveis pela contínua exploração
Do que ainda resta da floresta e suas divindades.

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