sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Fêmea


Tive a felicidade
De encontrar um poema
Em forma de fêmea.
Onça em forma de deusa
Deusa em forma de onça
Felino jeito de me deixar sem jeito.
Deixei-me engravidar
Pelo tom do teu falar
Como quem desperta de um sonho.
Em minutos, menos de quarenta
Minha voz cruzou com a tua
Fugi para o meio da rua
Comecei a banhar-me na chuva.
Puro sonho de ao teu lado estar
Sentir os cristais daquela garoa
A tocar nossa pele, em série, a dois.
E esquecermos o hoje, o antes e o depois.

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