segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ciclos



Uma dor lacerante
Invade-me a cada instante
Quando me sinto isolada.
Quão cruel é a humanidade
Que te eleva a um pedestal
Depois, de modo cruel,
A ti isola, quer teu mal!
Sou feita de giros e ciclos
Doce, meiga e terna
Não pise, porém, nos meu calos
Pois me transformo, viro fera.
A doce e meiga pessoa
Antes, muito legal,
Paga pra não entrar em um briga
Mas, se entra, é animal.
Foge da jaula, ganha o mundo
A voz não mais embargada
Faz de adversários aliados
Passa a ser admirada.
Os súditos voltam a amá-la
Alguns até sonham em tê-la
Sobe aos céus, ganha as nuvens
Brilha, ao longe, feito estrela.
Veste-se de seda, faz-se bela
Ao som de pássaros na janela
Um brilho novo no olhar:
Eis a rainha guerreira.

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