sexta-feira, 10 de maio de 2013

Justiça


Hoje pensei na fome
Dos homens, das mulheres
Dos que não tem nome.
Jogados nas sarjetas
A viver de dejetos
Objetos dos homens abjetos.
Senti um tom de revolta
Mas olhei as cores em volta.
A comunicação é social
A assistência também
O que fazemos, porém,
Para alegrar o todo de alguém?
Mal administramos direito
A nossa própria falta de direitos
Nossos desejos incontidos
Do errado, do certo, do proibido.
Infelizmente as convenções
Às vezes, dilaceram corações
Transformam o mais lindo amor
Em um corrente intensa de dor.
Sou um fanático obcecado
Por tê-la sempre ao meu lado
Essa minha sede de justiça
É a fome de você que explica.
Nada na vida se resolve
Quando a fome remove
A chance de ser feliz
Com quem sempre se quis.
Quando a assistência for social
E unir-se à comunicação
Toda a justiça, então
Será inteira e real.
Não sentirei fome nenhuma
Nem você motivos para tê-la
Juntos, pra sempre, um e uma
Jamais proibido de vê-la.

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