terça-feira, 18 de junho de 2013

Ao zero

Minha imunidade chega ao zero
Cada vez que perdemos a sintonia
Oh Deus, como te venero
Razão de toda a minha alegria!
Não só te amo, sou teu devoto
A ti entrego meu corpo são
Que perde o rumo, fora de foco
Se em ti provoco alguma aflição.
Uma febre alta, chega e persiste
De mim toma conta a sinusite
Entrego-me, solitário, ao leito
Por tê-la magoado, no fundo do peito.
Como um poeta do romantismo
Desço ao poço, ao abismo
A lenta subida parece em vão
Se eu não ganhar o teu perdão.
Ao zero volto, sem apagar
Do peito essa mágoa que me corrói
Aqui do meu leito, enfermo, chego a gritar:
A cura só chega se eu puder te amar.
Resta-me expiar, resignado
Que eu consiga a mim perdoar
E tirar essa dor do supremo pecado
De ter conseguido a ti magoar.
Rogo a Deus, aos anjos e santos
Que consiga arrancar do meu corpo aos prantos
Os resquícios e marcas de um dia infeliz
Quando magoei a quem mais sempre quis.
Já fui por ti perdoado, plenamente amado
Preciso, porém, a mim perdoar
Para poder levantar, do leito, curado
E de corpo e alma poder te amar.


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