Será que a vida me condenou
A jamais viver um grande amor?
A mantê-los nas entrelinhas
Pintá-lo só em forma de rimas?
Viverei em intensidade plena
Cada quadro, cada cena
Do filme no qual a felicidade
Seja um grão da areia saudade?
Não há maior prazer que o meu
Quando é amálgama do teu
Será meu castigo, minha condenação
Nunca poder demonstrar tanta tesão?
Passarei todos os meus dias
A te negar a cada ano
A viver essa eterna agonia
De jamais poder dizer "EU TE AMO"?
Viver assim é estar condenado
A um amor sempre disfarçado
De uma eterna amizade
Com marca de infinita saudade.
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