sábado, 2 de novembro de 2013

Janelas

Fechei as portas para um novo amor
Abri janelas para a solidão
Prefiro, da saudade, a dor
A te provocar qualquer ilusão.
Por isso deixo frestas abertas
Na intenção de que venhas a entrar
E que eu saia das certezas incertas
Pra te receber inteira e te amar.
Sem conseguir fechar as persianas
Ou por um pano nas venezianas
Arranco, ávido, todas as tuas peças
Sussurros, gemidos, nenhuma conversa.
Enfio a língua, cheiro os teus pelos
Mordo os mamilos, sinto vários cheiros
De ti exalam com intensa doçura
És a razão da minha loucura.
Não abro mão de tê-la inteira
Nem que seja apenas um desejo
Sem preciso, pulo até janelas
Para roubar-te um simples beijo.


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