segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Assepsia nada convencional (Primeira parte)

Paulo Guedes havia sido convidado para tocar a festa do sábado de Carnaval, em Rio Branco. Famoso pela habilidade com o saxofone, fez grande sucesso. Choveram convites para novas festas na capital. Mas Paulo Guedes tinha um compromisso moral com a festa de terça-feira, em Sena Madureira, que já se tornara famosa em todo o Estado. Não aceitou nenhum convite. Voltou para Sena no primeiro monomotor.
O piloto, Paulo Guedes e mais um amigo. O teco-teco levantou vôo e saiu batendo palheta: téc, téc, téc, téc, téc, téc.
Às no saxofone, Paulo Guedes também faz juz à fama de pingunço. Além do sax, viajava sempre com todos os acessórios necessário a uma boa talagada. Começou a tomar umas e outras no início da viagem e nem ligou quando o piloto avisou:
- Estamos sem combustível! Vamos cair!
- Pois vamos, companheiro. Vamos sair logo?!
Por alguns segundos, o avião sobrevoou a floresta. O músico aproveitou para pegar o sax e tocar a famosa “Ái, ái, ái, ái, ái.....Tá chegando a hora....!” ironizando aquele que seria seu último carnaval.
- Agora vamos bater nas árvores.

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