segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Assepsia nada convencional (Segunda parte)

João e Paulo Guedes trataram de apertar o cinto e se segurar.

O teco-teco quebrou alguns galhos de árvores e foi se acomodando no meio da mata, como se fosse a pena de alguma ave, num daqueles milagres que só os santos protetores dos bêbados conseguem explicar. Só o piloto saiu com o rosto todo arrebentado, nada grave é claro, pelos galhos que arrancaram o vidro dianteiro do avião.
João, mesmo bêbado, desmaiou de medo. Com o rosto ensangüentado, o comandante ordenou:
- Paulo Guedes, dá uma mijada na minha cara!
- O quê, comandante? O senhor está louco?
- Deixa de conversa rapaz, mija logo. Tenho que desinfetar essa ferida. Se não, pode virar coisa pior.
- Mas comandante - disse Paulo começando a rir - o senhor não vai querer dizer por aí que foi salvo por uma mijada? Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Paulo Guedes não perdia uma chance de soltar uma risada que, como numa embolada, se transformava em gargalhada.
O comandante achava que a urina, misturada com todo o álcool que o músico havia tomado, servia como proteção.
- Vamos logo rapaz, eu ainda sou o comandante.
- Já que o senhor insiste.
O músico não se fez de rogado. Abriu a braguilha, botou o pênis para fora e mijou na cara do piloto.

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