quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nossos corpos


Depois do amor nossos corpos
Não conseguem ser apenas nossos
Um se torna do outro em amálgama
Como se fossem uma só alma.
Pulam do corpo e voam
Uma ao encontro do outro
Como meras energias do universo
Grudam-se em ritual de magia.
E é intenso, forte, quase animal
Esse amor que de forma letal
Nos transforma em seres sagrados
Quando, desfalecidos, permanecem grudados.
Entregam-se rapidamente a Morpheu
Alma a alma se encontram no ar
Reencontram até Prometeu
Nesta viagem entre o céu e o mar.
Nuvens azuis redesenham a loucura
Em blocos de neve que vagam infinitos
Nossos corpos unidos retomam a ternura
Voltam a respirar em ritmo ainda aflitos.
É como se as almas retomassem o lugar
Após nos deixarem na hora do gozo
Difícil entender nosso jeito de amar
Assim tão intenso, cada vez mais gostoso.

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