Depois do amor nossos corpos
Não conseguem ser apenas nossos
Um se torna do outro em amálgama
Como se fossem uma só alma.
Pulam do corpo e voam
Uma ao encontro do outro
Como meras energias do universo
Grudam-se em ritual de magia.
E é intenso, forte, quase animal
Esse amor que de forma letal
Nos transforma em seres sagrados
Quando, desfalecidos, permanecem grudados.
Entregam-se rapidamente a Morpheu
Alma a alma se encontram no ar
Reencontram até Prometeu
Nesta viagem entre o céu e o mar.
Nuvens azuis redesenham a loucura
Em blocos de neve que vagam infinitos
Nossos corpos unidos retomam a ternura
Voltam a respirar em ritmo ainda aflitos.
É como se as almas retomassem o lugar
Após nos deixarem na hora do gozo
Difícil entender nosso jeito de amar
Assim tão intenso, cada vez mais gostoso.
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