Ouço pássaros da varanda
Presos pela gaiola da vida
Como se livres fossem
Mas tivessem as asas tolhidas.
Não pela falta de asas
E sim por querer e não poder
Assim como vivo eternamente
A te querer e não te ter.
Temo pelas borboletas
Cigarras e beija-flores
Sanhaçus e bem-te-vis
Em Sinfonia de Dores.
Todos cantam por suas fêmeas
Presos por uma tela invisível
Das convenções sociais
De um amor impossível.
Amor não deveria ser pecado
Nenhum ser vivo condenado
Pelo uso das suas asas
Ainda que depois do pleno amor
Voltasse para suas casas.
Pássaros que voam e voltam
Não são meros aventureiros
Adoram o ato de voar
E serem livres pra voltar.
Sem que façam da saudade
Um ato de sofrimento
Mas o exercício da liberdade
De por amar o firmamento.
Se te amo e não te tenho
Definho nesta prisão
Imunoafetado pelo desejo
A sonhar com o teu beijo.
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