Ao longe vejo o sol se por
Até o oxigênio tem teu odor
Nas nuvens teu corpo está desenhado
Nas pessoas teu rosto parece colado.
Vejo-te em cada canto da casa
No fogo do corpo em brasa
No fundo do copo de água, na sede
Ao meu lado, no embalo da rede.
Um sanhaçu passa a cantar
Quando não, é um bem-te-vi
No equilíbrio de um colibri
Tenho forças para poder te amar.
O vento vence a tela da varanda
Invade a sala do apartamento
Não sei por onde você anda
Mas não me sais do pensamento.
Durmo e acordo contigo em tudo
És, na minha vida, mais que um momento
Por ti, estou louco, não abro mão, não mudo
Minha loucura é meu juramento.
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