Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 29 de agosto de 2010

Sinceridade

- Não posso.



- Por quê?


- Só beijo a mulher que amo.


- Deixa de besteira...


- Não é besteira.


- Ora não.


- Sou sincero.


Os dois discutem.


A moça.


Janaína.


O moço.


Ricardo.


Apaixonado pela namorada.


Janaína.


Apaixonada por Ricardo.


- Eu te amo, Ricardo.


- Mas não posso.


- A Carla te ama como eu?


- Não sei, mas a amo.


- Como podes ser tão sincero?


- Sou assim. Não posso mudar.


- Eu te amo tanto. Só uma noite. Vamos?


- Não insista Janaína.


Nuca mais Ricardo.


_ Adeus.


- Para sempre?


- Sim.


Ricardo sem paz.


Carla amada.


Caso de amor.


Desfeito.

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