Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Meu lugar

Tenho de reconhecer

Qual é o meu lugar

Para não sofrer

E nem te magoar.

Quero dizer EU TE AMO

Sem me sentir cobrando

Ou ficar te induzindo

A sentir o que estou sentindo.

Meu lugar da espera

Do sonho, da quimera

De chegar a ter um dia

Não só lapsos de alegria.

De, quem sabe, tê-la

Para ser minha estrela

E comigo poder dividir

TUDO o que há de vir.

Enquanto isso, meu lugar:

É não mais te incomodar

Nem criar nenhum choque

Ainda eu você me provoque.

 

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