Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

sábado, 7 de novembro de 2020

Quero mais

Teus dois dedos melados

Loucos para serem chupados

Da minha cabeça não saem

Tenho e ainda quero mais.

Mais te quero nos dedos

Para sentir teus segredos

Desta tua vulva quente

Mordida pelo meu dente.

Roço no teu clitóris

Meu dentinho afiado

Bebo os pormenores

Depois que você tiver gozado.

Quanto mais você gozar

Mais teu néctar vou sorver

Teu rio deságua em meu mar

Teu gozo quero beber.

Sorvo, bebo e sugo

A uva da tua vulva

A língua é meu escudo

Com ela, em ti, vou mais fundo.

 

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