Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 17 de novembro de 2024

Brilho

Os olhos se enchem de brilho
Viver, de novo, faz sentido
Fagulhas de um amor selvagem 
Talvez seja apenas miragem!
Mas, ao mirar nos teu olhos
Subiu um fogo pelos poros
Minha visão ficou turva
Com detalhes de cada curva.
Amei, toquei e te senti
Como algum tempo não sentia
Fiquei a me perguntar:
Quando chegará este dia?
Os olhos já voltaram a brilhar 
E o corpo a me responder
Sinais de que o verbo amar
Em breve, pode acontecer!

Poema do dia 16/11/2024

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