Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sem medida


Amo-te sem medida
Com uma força descomunal
Um amor tão forte e intenso
Que, às vezes, causa mal.
Quero controlar cada passo
Só vivo se for no teu abraço
Não sei mais o que fazer
Quando não estou perto de você.
Perdi completamente a noção
Da sensatez e do ridículo
Meu mundo só tem valor
Se tenho você comigo.
A saudade é tão intensa
Sinto ciúmes da tua sombra
Deus do céu, será doença,
Esse amor que me assombra!
Não posso mais viver assim
Sem conseguir nem respirar
Quando não estás em mim
Começo a me desesperar.
Ouço teus gritos de gozo
Vibro com teus gemidos de prazer
Não há amor mais gostoso
Do que fazemos, eu e você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário