Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Mutilações

Mentes dilaceradas,
Pela violência psicológica,
Ataques que ferem a lógica,
Mulheres são espancadas.
Seus corpos que são sagrados,
Devem ser respeitados,
Dizer não à violência,
Um grito por consciência.
Quaisquer que as sejam,
Ainda que não as vejam,
Devem ser combatidas,
Nenhum violência sentida.


Poema do dia 06/02/2025: Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina


Siga-me no Instagram: gilson_v_m


Nenhum comentário:

Postar um comentário