O muro tem 10 metros
O coração de arame farpado.
Do lado de cá, um soldado ajusta o fuzil.
Do lado de lá, uma criança desenha o mar
Com giz de lousa e sangue.
No vento, um lenço vermelho
— talvez dela, talvez minha —
Balança como bandeira de um país que não existe.
Quantas pátrias soterradas
Na desventura desta jornada.
Cujos braços não caem
Porque quedar não se admite
Forças que se esvaem,
Paz (buscada) que não existe.
Poema do dia 16 de março de 2025
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