Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Água

Água para limpar tudo
E garantir nosso futuro
Água, nosso elemento
Marca o mais puro sentimento.
Água a deslizar pelos corpos
E nos deixar meio loucos
Água que te faz mais pura
Amo-te com toda a loucura.
Água que de ti sai
E por mim não cai
Água a escorrer do nada
Sorvo da tua gruta molhada.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Cortinas

Ao abrir as cortinas do dia
Deus, em intensa alegria
Procura por quem se ama
Somos os primeiros que ele chama.
Para nos encobrir com seu véu
E nos levar ao cume do céu
Todas as vezes que nos tocarmos
E, aos gritos e urros, nos amarmos.
Protejo a ti, como a uma menina
Com o manto da proteção divina
Sou e quero ser teu para sempre
De um modo, sem proteção, diferente.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Em pensamento

Quando te tenho em pensamento
É como se revisse cada momento
Sinto até o teu tocar
Louca a me amar.
Como se ficção e realidade
Vivessem em pé de igualdade
A me encher de alegria
Será mera fantasia?
Ao te encontrar, é tão real
Chego a sorver o teu gozo
Na forma mais natural
De te comer o corpo todo.
Como animal selvagem
Apego-me a tua imagem
Para criar lindos momentos
Marcas dos nossos sentimentos.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Nem sei

De tanto que amo
E no passado amei
Hoje teu nome chamo
O quanto? Nem sei?
Só sei que não me custa
Amar-te como nunca
Quando estás ao meu lado
Esqueço o passado.
Vivo o presente
De olho no futuro
Quero estar pra sempre
Contigo no meu mundo.


Acumulada

A saudade de mim toma conta
A cada dia mais acumulada
O desejo que em mim desponta
Às vezes não dá em nada.
Só em muito mais saudade
Manifesta em intenso desejo
O destino, talvez por maldade
Deixa-me a sonhar com teu beijo.
E com a tua boca carnuda
Que o meu corpo desnuda
Teus lábios descem cabeça aos pés
Provocam meus desejos mais fiéis.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Na boca

Ainda sinto na boca
O gosto do teu beijo
O sabor do desejo
Que me deixa louca.
E me faz perder o prumo
Minha vida sai do rumo
Desde que descobri você
Só penso em te querer.
Perco a sensatez e sono
Há salivação em tudo o que como
Na boca é que o meu desejo
Se completa com o teu beijo.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Degustar-re

Quero degustar-te
Como obra de arte
Deixar de ficar à míngua
Já no beijo de língua.
Sugá-la profundamente
Até pela força da mente
Abocanhar os teus mamilos
Voltar a lamber os teus ouvidos.
Descer pelo corpo inteiro
Como de dezembro a janeiro
Chegarmos a enlouquecer
De tanto amor e prazer.
Degustar-me com o teu gozo
Com teus gemidos e urros
Depois de tudo gozarmos
Descansarmos aos sussurros.


Florescer

Sinto florescer
O que há de mim em você
Vejo se expandir
O que há de ti em mim.
Almas que se encontram
Corpos se encantam
Em quaisquer dos cantos
Do íntimo nosso quarto.
Sempre que te vejo
Nasce mais desejo
Se contigo choro
É porque te adoro.



OBS: Post do dia 21/02/2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Sofrimento

O teu silêncio
É meu sofrimento
A tua ausência:
Minha demência.
Só o amor
Me faz suporta
A tristeza e a dor
De não te encontrar.
De estar longe
Mesmo tão perto
Por que te escondes,
Meu universo?


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Alimento

Meu amor por ti alimenta
O corpo, a mente, a alma
Toda vez que se reinventa
Ou quando sinto a tua falta.
E hoje é só o que sinto
Todas as vezes que tento
Negar o meu instinto
E esconder o que pretendo.
Não dá, não consigo, não rola
Quando teu corpo o meu explora
Alimento-me da tua seiva:
Molhada, então, você me beija.
Quero subir ao altar
Explorar a tua cruz
Urrar de tanto amar
Cada vez que você me seduz.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Palpitações

Nem lembro como foi
Só sei que aconteceu
O corpo palpitou
E o amor se acomodou.
Nem licença pediu
Você nem viu
Quando mal percebeu
Eras minha e eu teu.
O corpo tomado por acelerações
O coração com mil palpitações
Disse que ia, você deixou
A alma tremia quando a porta atravessou.
Depois de então, só emoção
Só alegria, só vida
Você, presente de Deus, querida
Deusa de mim, dona do meu coração.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Largado

Fico aqui largado
Abandonado, jogado
Fora..
De mim
Se não estás aqui.
Tento aguentar
Até você chegar
Mas se não chegas logo
Confesso: me incomodo.
Fora....
Fico aqui
A esperar por ti.
Largado, abandonado
A querer você em mim.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Escritos

Teus toques me auxiliam
A ver um dia mais bonito
Ainda que nuvens carregadas
Pareçam estar nos escritos.
Ainda que da vida o script
Diga contigo não fico
Em nosso amor cego confio
Por isso mais acredito.
Mesmo que a vida não aponte
Nenhum motivo para tal
Nosso amor e com fonte
De desejo universal.
Que supera as barreiras
Até as nossas asneiras
Ao insistirmos em manter
O ato de nos desentender.
O fato é que tudo superamos
Porque é mais forte o que sentimos
Espero anos e anos
Por segundos dos teus mimos.


domingo, 15 de fevereiro de 2015

Mais um pouco

Te amo muito
E mais um pouco
Talvez esteja louco
Por me permitir te amar assim.
Sem limites, sem fronteiras
Perdi todas as estribeiras
Entreguei-me sem pensar
Só para poder te amar.
E a amo mais que nunca
Sem limites ao carinho
Mesmo quando “engraçadinho”
Quero cheirar tua nuca.
Morder teus seios
Soltar anseios
Ficarmos loucos
Só mais um pouco.


Receio

Tenho receio
Que não tenha mais teu seio
E não possa sorver tua seiva
Do centro da tua relva.
Que se transforma em céu
De onde retiro o teu mel
Fonte de amor e vida
Na tua pele aquecida.
Que me acende um fogo
Antes de começar nosso jogo
De amor e sedução
Retrato da nossa paixão.



OBS: Post do dia 14/12/2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mistério

Nossos desencontros e encontros
Ao vivo ou por telefone:
Será que não estamos prontos?
Ou a dor nos consome?
Talvez seja a saudade
Que dia a dia nos invade
E nos tira do sério:
Qual será o mistério?
O que move nossas vidas?
Deve ser o desejo
Quando não te vejo
Bate uma ansiedade
Quero te amar de verdade.
E não ficar imaginando
A última vez que nos amamos
Fico me perguntando
Se já não faz mais de um ano?


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Deixei

Deixei em ti o que de mim restava
Quando da vida um prêmio esperava
Como um vulcão entras na minha vida
E me despertas uma loucura escondida.
A realidade se transforma em fantasia
Descubro, então, o quanto te queria
Todo esse desejo estava reprimido
Ou, quem sabe, nunca havia percebido.
Só sei que hoje sem você não vivo
Deixei pulsar este desejo antigo
Que eu nem sabia existir em mim
Mas, te encontrei e hoje estou assim.
A me envolver com a tal de saudade
Sem mais saber o que é realidade
A misturar real e fantasia
Até te encontrar, de novo, um dia.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Obra

A beleza em ti sobra
Para mim és uma obra
De arte esculpida em carne
Que todo o meu desejo abre.
E me transforma em teu artista 
Em quaisquer pontos de vista
Quero te pintar na mente
Com a loucura de um demente.
Que se jogou aos teus pés
Sem medo de qualquer revés
 a ti a minha vida
Com a loucura de um suicida.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Impressiona

Como a vida muda
Quando não estás muda
E a mim dirige o olhar
Como se quisesse me amar.
O sol retoma seu brilho
Sinto-me, de novo, vivo
Aquele desejo de morte
Transforma-se em brilho de sorte.
Tudo volta a ser como antes
Quero-te em instantes
Viver ao teu lado para sempre
Sem ter de ficar mais doente.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Contigo

De tudo o que eu vivi
Vale menos o que sofri
E mais o que foi sonhado;
Desde que estejas ao meu lado.
Se a chama se apaga
A noite vira uma saga
O dia não amanhece:
A alma não te esquece.
Embaixo do cobertor
Tento aquecer a dor
Que extrapola em tudo
Se o coração fica mudo.


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Melhor

Hoje estou melhor
Quase toda a dor se foi
Antes que houvesse o pior
Você me disse um “oi”.
E basta comigo falar
Para o coração se animar
E a vida ganha novo brilho
Mesmo se não estou contigo.
Basta saber que me amas
Para o corpo ficar em chamas
E o brilho dos olhos voltar
Para, de novo, te admirar.


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Fatal

Na quarta adoeci
Na quinta quase morri
Sexta: teu silêncio total
Sábado é meu dia fatal.
Quarta era pra ser o dia mais feliz
Sábado estou por um triz
Quinta e sexta: como aguentei?
Mal tive forças, mas trabalhei.
Pensar que fui insignificante
Que nada é como antes
Ser ignorado por ti é mortal
Preciso de um remédio fatal.
Que mate a mim ou o sentimento
Que me corrói por dentro
Se é para viver, sem você, a sofrer
O melhor é te esquecer ou morrer.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sem fim

Parece ser sem fim
O sofrimento que se abate
Quando você age assim
De grosso, acusa-me, que eu a trate.
Como se só você
Pudesse ter sentimento
E eu tivesse de esconder
As formas do meu lamento.
Ainda que eu te ame
Com uma insana demência
Ou tenha um jeito infame
De mostrar minha decência.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Machuca

Você parece não entender
O quanto me machuca
Ao me fazer parecer
Que estou lelé da cuca.
Se peço para depois falar
É porque agora não posso explicar
Tudo o que faço tem uma razão:
É a tua proteção.
Mas sou entendido
Como se fosse um grosseiro
E a ti tivesse ofendido
Qual abelha em vespeiro.
Uma tristeza sem fim
Toma conta de mim
Será que tudo o que explico
É como o dito pelo não dito?


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sem adeus

Quem ama não diz adeus
Aos que sempre foram seus
No máximo se afasta
Porém, jamais, diz basta.
Por isso entre você e eu
Não há nenhuma perspectiva
De qualquer despedida
Ninguém tira o que é meu e teu.
Serremos eternamente
O que determinar nossa mente
Você meu mundo, eu o teu
Sem adeus!


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Instantes

Se estás feliz
Estou também.
Ainda que esteja longe
Do meu amor, do meu bem.
Da pessoa que hoje amo
Como nunca amei ninguém.
Por te querer deixei
A desregrada vida que criei
Para fugir de mim mesmo
Talvez, por não ter você em mim.
Mais te quero agora que antes
Porque antes nem querer eu tinha
Sem saber que também vinha
A te amar assim em instantes.
Instantes mais fortes que antes
Porque o antes não havia:
Nem sabia que te queria.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Incerto

Adoro acordar ao teu lado
E lembras cenas do passado
Que transformamos em presente
Insano, desejo, demente.
Que nos tira a sensatez
Queremos uma e outra vez
Seja de longe ou de perto
Ainda que seja incerto.
Vê-la amanhã de novo
Ao nosso desejo recorro
Para tentar encontra-la
E novamente amá-la.
Mesmo quando não posso
Vê-la no dia seguinte
Espero a vida inteira
Pra te amar com toques de requinte.